Impactos da Semana de Arte Moderna foram diferentes em cada localidade do País

Impactos da Semana de Arte Moderna foram diferentes em cada localidade do País
Grandes capitais, como São Paulo, concentraram os impactos da Semana de Arte Moderna de 1922

Em um momento que se veem ataques à cultura brasileira e suas diversas formas de expressão, que reflexões o centenário da Semana de Arte Moderna pode trazer? É sobre isso que a professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP Walnice Nogueira Galvão e a vice-diretora e professora titular do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, Flávia Camargo Toni falam na segunda parte da entrevista ao USP Analisa que vai ao ar nesta sexta.

Elas explicam que embora a Semana tenha trazido diversas contribuições à cultura brasileira, ela não impactou de forma uniforme todos os lugares do País. “As coisas se passam no Brasil conforme a latitude e a longitude, de maneira completamente diversa. Quer dizer, você tem município que não tem nem tratamento sanitário de esgoto e de água, que dirá reflexos da Semana de Arte Moderna. Enquanto que nas grandes capitais, o que se passa é que esses locais concentram não só o capital, aqui no sentido do dinheiro mesmo, como o que acontece de mais interessante no plano da cultura”, diz Walnice.

Para Flávia, os recentes ataques ao setor cultural geraram reações importantes principalmente nos segmentos populares. “Eu acho que as reações mais salutares que a gente tem visto vêm da própria organização popular, da maneira como as pessoas fazem valer as suas manifestações, de como elas mostram aquilo que são através da maneira como sabem fazer cultura. Isso é genial no Brasil e tem uma força muito grande. A gente vê em torno do slam, do rap, de tantas criações novas que as pessoas falam assim: ‘agora que a gente faz isso, a gente vai continuar a fazer’. Isso é uma expressão muito bonita, que eu acho que tem um pouco de tudo, tem um pouco também do zelo pela sobrevivência, da necessidade que as pessoas têm de expressão e dos encontros que se estabelecem”.

O USP Analisa é quinzenal e leva ao ar nesta sexta, às 16h45, um pequeno trecho da entrevista, que pode ser acessada na íntegra nas plataformas de podcast Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e Amazon Music.
O programa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o USP Analisa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.

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