Grupo de trabalho da USP vai contribuir com aperfeiçoamento de políticas públicas educacionais

Grupo de trabalho da USP vai contribuir com aperfeiçoamento de políticas públicas educacionais

A pandemia acentuou o déficit de aprendizagem e a desigualdade educacional em todo o Brasil. Diante disso, tornou-se imprescindível a elaboração e implementação de políticas públicas robustas em Educação, baseadas em evidências. Para colaborar com essa demanda da sociedade, o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto da USP criou o Grupo de Trabalho “Evidências em Políticas Públicas Educacionais” (EPPED).

A iniciativa é um dos frutos da atuação da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira, que desde 2020 está focada na melhoria da aprendizagem e na redução das desigualdades educacionais em cidades de médio porte e também na região metropolitana de Ribeirão Preto. Segundo o titular da Cátedra, o professor Mozart Neves Ramos, a criação do grupo também está alinhada ao potencial da Universidade em ser fonte para o aperfeiçoamento de políticas públicas, papel esse que se intensificou durante a pandemia.

“Recentemente, o ex-reitor Vahan Agopyan e o professor Glauco Arbix publicaram um artigo na Revista de Estudos Avançados destacando que, durante a crise sanitária, as pesquisas e ações produzidas pela USP chamaram a atenção de governos e do setor privado e a universidade demonstrou sua capacidade de recomendar políticas públicas baseadas em evidências científicas a partir da atuação de suas unidades e pesquisadores. Ou seja, além de ser um centro de educação, pesquisa, extensão e inovação, ela pode contribuir efetivamente para a evolução dessas políticas. É nesse sentido que o GT vai atuar”, diz ele.

As atividades do grupo serão desenvolvidas dentro de três eixos: a ampliação da produção científica aplicada à Educação Básica com foco no aprimoramento de políticas educacionais estaduais, tendo como base a região metropolitana de Ribeirão Preto; o engajamento de pesquisadores e estudantes nas práticas de estudo, pesquisa e cultura da gestão baseada em evidências; e a articulação entre grupos de pesquisa e a administração pública.

O GT terá duração de dois anos e conta com a participação, além de Mozart, do coordenador do IEA-RP, Antonio José da Costa Filho; dos integrantes do Grupo de Estudos em Eficiência da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP Alexandre Pereira Salgado Junior e Perla Calil Pongeluppe Wadhy Rebehy; dos coordenadores do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social da USP Daniel dos Santos e Luiz Guilherme Dácar da Silva Scorzafave; e da coordenadora do Centro de Estudos em Gestão e Políticas Públicas Contemporâneas (GPublic), Cláudia Passador. A primeira reunião do grupo está prevista para o início de maio.

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