Festival de divulgação científica troca mesa de bar pelo ambiente virtual

Um barzinho e uma dose de ciência formam uma ótima combinação desde 2016 em Ribeirão Preto. Com a pandemia de covid-19 e a necessidade de distanciamento social, essa dobradinha precisou ser transferida para um outro lugar: o sofá de casa. Por isso nos dias 8, 9 e 10 de setembro, o festival internacional de divulgação científica Pint of Science trocou as mesas e balcões pelo YouTube para levar um cardápio recheado de ciência – mas com a descontração de sempre.

Em Ribeirão, os eventos foram transmitidos pelo canal do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto da USP, sempre das 18h30 às 20h. Não foi necessário se inscrever e qualquer pessoa podia participar.

A carta de temas nesta edição passa pela situação que vivemos atualmente. Professores e pesquisadores ligados à USP, ao Instituto Butantan e ao Espaço Ciência discutiram a relação entre a degradação ambiental e o surgimento de doenças como a covid-19; o desafio de formar professores que preparem os estudantes para o mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo em que vivemos atualmente; e a importância das vacinas para a saúde pública, que, embora seja algo comprovado cientificamente, ainda enfrenta a resistência de movimentos intitulados antivacina.

A organização local foi feita por uma parceria entre o Centro de Terapia Celular, o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto, o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias e os projetos de divulgação científica Ilha do Conhecimento e Vidya Academics, todos ligados à USP Ribeirão Preto. A programação completa e mais informações estão disponíveis no site .

Sobre o evento

O Pint of Science começou em 2012, quando os pesquisadores do Imperial College London Michael Motskin e Praveen Paul organizaram um evento para que pacientes com Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla pudessem conhecer as pesquisas e os laboratórios em que os dois atuavam.

A ideia deu tão certo que os dois decidiram criar uma forma de tirar os pesquisadores de seus laboratórios e levá-los para conversar com o público. Surgia, assim, em maio de 2013, o Pint of Science.

No Brasil, o festival foi realizado pela primeira vez em 2015, em São Carlos (SP), pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. A iniciativa caiu no gosto do público e rapidamente se espalhou. Só em 2019, 85 cidades em todas as regiões brasileiras sediaram as atividades. A organização envolve pessoas ligadas a universidades e institutos de pesquisa de todo o País, que trabalham voluntariamente para que o evento cresça a cada ano.

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