Redução de custos e fixação de profissionais são benefícios da telemedicina

Redução de custos e fixação de profissionais são benefícios da telemedicina

Ferramenta bastante difundida nos tempos atuais em virtude da necessidade de isolamento social trazida pela pandemia de covid-19, a telemedicina também pode ser usada para agilizar o atendimento e melhorar a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Na segunda parte do especial do USP Analisa sobre esse tema, o docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP Paulo Mazzoncini de Azevedo Marques detalha esses benefícios.

Marques explica que o SUS funciona dentro de um modelo de pirâmide em relação aos níveis de atendimento. Existem a atenção primária, que está mais próxima à população e localizada em regiões menores; a atenção secundária, que abrange centros de referência em locais específicos; e o último nível, com hospitais altamente especializados em grandes centros. Por isso, quando o paciente precisa de um atendimento mais específico, pode ser necessário que ele se desloque para outra cidade.

“Nesse aspecto, o apoio de programas como o Telessaúde Brasil Redes pode minimizar o processo. Já está comprovado que uma boa parte do atendimento pode ser resolvido localmente, desde que você tenha o apoio de um profissional que está lá no hospital e que tenha a formação específica. Então o especialista apoia o médico de saúde da família e o médico de saúde da família, ao invés de mandar o paciente para o hospital, resolve a grande parte dos problemas ali mesmo. Você diminui problemas de deslocamento e diminui custos tanto para o sistema de saúde como para o próprio usuário”, diz ele.

Outro importante benefício trazido pela telemedicina, segundo ele, é a fixação de profissionais de saúde em locais mais distantes, já que muitos recusam a oferta de empregos em cidades do interior do País por receio quanto a dificuldades de trabalho e oportunidades de atualização.

“Se você tem esse processo de apoio através de telessaúde e telemedicina, olhando agora não só o cuidado, mas também a questão da educação, da formação continuada, você aumenta essa chance. Se o profissional estiver em uma cidade onde a unidade básica de saúde em que ele trabalha tem acesso, por exemplo, a um núcleo da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), mesmo remotamente ele vai ter acesso a profissionais qualificados e material também para continuar seu estudo e fazer sua atualização. Isso, de certo modo, melhora a atração de profissionais qualificados para regiões mais remotas”, afirma o docente.

A segunda parte da entrevista vai ao ar nesta quarta (11), a partir das 18h05, com reapresentação no domingo (15), às 11h30. O programa também pode ser ouvido pelas plataformas de streaming iTunes e Spotify

O USP Analisa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o programa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.

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