Mudança no perfil dos estudantes foi positiva para universidade, avalia pró-reitora

Mudança no perfil dos estudantes foi positiva para universidade, avalia pró-reitora
A pró-reitora de Inclusão e Pertencimento Ana Lúcia Duarte Lanna (em primeiro plano) – Foto: Marcos Santos (USP)

Com a introdução de políticas de ações afirmativas na USP, o perfil dos alunos que ingressam nos cursos de graduação mudou. Para a professora Ana Lúcia Duarte Lanna, que está à frente da recém-criada Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, essa mudança foi bastante positiva. Na segunda parte de sua entrevista ao USP Analisa, que a Rádio USP exibe nesta sexta (26), ela fala sobre isso e também sobre a saúde mental dos estudantes da universidade.

Para ela, a diversidade no perfil dos estudantes traz questões que não apenas a universidade ainda não tenha respostas, mas que nunca haviam sido formuladas antes. “Essas questões têm que ser colocadas nos nossos cursos, não é simplesmente uma reforma curricular. Dentro do conteúdo com o qual nós trabalhamos, a gente tem que trazer outros temas, outros autores, outras experiências, outras questões, as dimensões históricas tem que ser oferecidas a partir de outros problemas e de outras perguntas. A ideia do que é um conhecimento abrangente ou universal que deva ser produzido pela universidade se transforma e ele tem que incorporar novas dimensões, senão ele não vai fazer sentido. E isso vale para as atividades de pesquisa e para as atividades de extensão”.

A pró-reitora também destacou a importância na atuação em saúde mental e bem-estar social, área da Pró-Reitoria que está traçando um plano com nove ações diferentes para resolver o problema de demanda pelos serviços de saúde mental. “A gente sabe que a demanda é muito maior do que a nossa capacidade de atendimento, infelizmente. Isso aqui no campus de São Paulo e em todos os campi. Mas a gente também sabe que a gente pode melhorar o que tem e pode ampliar essa possibilidade de escuta nas ações específicas em relação à saúde mental. Eu também quero acreditar que, se a gente melhora as condições cotidianas dos nossos alunos, dos nossos servidores e dos nossos docentes – porque estamos todos adoecidos -, talvez a gente fique menos adoecido e talvez a demanda e a pressão pelo serviço específico de saúde mental possa ser minimizada”, diz ela. 

O USP Analisa é quinzenal e leva ao ar nesta sexta, às 16h45, um pequeno trecho da entrevista, que pode ser acessada na íntegra nas plataformas de podcast Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e Amazon Music.

O programa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o USP Analisa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.

VOCÊ PODE GOSTAR ...