Cátedra Instituto Ayrton Senna discutirá o papel da avaliação na educação brasileira

Cátedra Instituto Ayrton Senna discutirá o papel da avaliação na educação brasileira
A professora Maria Helena Guimarães de Castro tomou posse como a primeira titular da Cátedra Instituto Ayrton Senna de Inovação em Avaliação Educacional – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

No dia 10 de março, foi lançada oficialmente a Cátedra Instituto Ayrton Senna de Inovação em Avaliação Educacional do Instituto de Estudos Avançados, polo Ribeirão Preto (IEA-RP), em parceria com o Instituto Ayrton Senna.

A nova cátedra surge como um espaço para debater o papel da avaliação no sistema educacional brasileiro, fomentar pesquisas sobre o tema, articular esforços e propor melhorias baseadas em evidências, com o objetivo de nortear as políticas públicas na área da educação.

“As cátedras trazem uma visão externa para a USP. Temos tido catedráticos fantásticos que nos desafiam, que trazem ideias novas e mostram outras realidades. Além disso, a escolha da avaliação como tema é perfeita para que possamos evoluir. Não conseguimos fazer nenhuma atividade sem avaliação. Não adianta fazermos um belo plano se não soubermos como ele está sendo implantado”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, ressaltou o fato de que “o Brasil precisa lutar em dois frontes ao mesmo tempo. Um é ensinar a ler, a escrever, a calcular, ou seja, coisas básicas que os países desenvolvidos já fizeram e nós ainda não. Ao mesmo tempo, temos que enfrentar os desafios do século 21, que não ficarão nos esperando. Temos que recuperar o que não fizemos e ainda nos preparar para o futuro que já chegou”.

Para o diretor do Instituto de Estudos Avançados, Guilherme Ary Plonski, “o Instituto Ayrton Senna e o IEA possuem fundamentos comuns. Ambos nasceram de sonhos generosos, que se materializaram em instituições transformadoras. Ayrton Senna sonhava com um país onde todos tivessem a oportunidade de ser vitoriosos no que quisessem. O instituto que leva seu nome preserva esse sonho e é uma referência na transformação da realidade brasileira por meio da educação”.

Também prestigiaram a cerimônia o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira; o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios; o presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Liza Curi; o coordenador IEA-RP, Antonio José da Costa Filho; e o titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do IEA-RP, Mozart Neves Ramos.

Maria Helena Guimarães de Castro

A Cátedra Instituto Ayrton Senna de Inovação em Avaliação Educacional terá duração de quatro anos e sua primeira titular será a professora Maria Helena Guimarães de Castro. “Por meio dessa cátedra, pretendemos avançar na realização de pesquisas, influenciando políticas públicas, disseminando a produção cientifica, trabalhando em parceria com organizações do terceiro setor e com as redes estaduais e municipais”, afirmou Maria Helena.

Socióloga e mestre em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Maria Helena já esteve à frente de órgãos como a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a Fundação Seade, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e, mais recentemente, do Conselho Nacional da Educação. Atualmente é presidente da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave).

Foi presidente do Inep entre os anos de 1995 e 2002, e participou ativamente da implantação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Provão, que posteriormente foi substituído pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

“A implementação da Base Nacional Comum Curricular, o novo ensino médio, as novas propostas curriculares implementadas no País e a avaliação da educação superior, tudo aponta para um conjunto de desafios na área da avaliação que a cátedra pretende explorar, por meio de webinários, minicursos, debates e produção de estudos e pesquisas, trazendo especialistas que possam nos apoiar nessa tarefa”, explicou a catedrática.

Por Erika Yamamoto – Jornal da USP

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